Contacte-me |
---|
Email: Este endereço de email está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email Telemóvel: +351 915 244 747 |
Livros & eBooks | ||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
|
Reeducação Alimentar |
02 / 09 / 2007 | |
Reeducar significa educar de novo e isto é algo que a maioria das pessoas precisa de fazer em relação aos seus padrões alimentares.
É um facto que todos os seres humanos recebem através das mães, avós ou outras pessoas responsáveis os hábitos e tradições de uma determinada cultura e neste caso o regime alimentar é o mais enraizado e facilmente aceite de modo inquestionável. Mas também é um facto que somos seres pensantes, altamente inteligentes e perfeitamente capazes de investigar o que é melhor para a saúde além da tradição. Regra geral os hábitos alimentares são um dado adquirido e poucos são os que se questionam. Por exemplo, uma das formas correctas e mais saudáveis de comer a fruta é antes da refeição e nunca depois. Desta forma assimilámos em primeiro lugar as vitaminas, minerais e enzimas, pois é o primeiro alimento a entrar no estômago. Se a fruta for comida no final das refeições fica a fermentar durante algumas horas. Por vezes as pessoas dizem "não importa a ordem, isto mistura-se tudo lá dentro". Pois, acontece que o estômago não funciona como uma batedeira. A digestão vai-se processando por camadas de acordo com a ingestão dos alimentos, por isso é muito importante comer primeiro fruta ou salada (nunca as duas ao mesmo tempo). Quando aconselho este procedimento nas consultas, os pacientes por vezes dizem-me que estão habituados. É apenas uma simples questão de alterar um pequeno hábito que é mais benéfico. O único impedimento está na mente! Um outro exemplo: uma vez recomendei a uma senhora que não comesse carne durante e apenas 15 dias, ao que retorquiu com grande preocupação "então vou comer o que?" Apesar de ter uma alimentação variada naquele momento a mente bloqueou e centrou-se apenas na carne como se não comesse qualquer outro alimento. Implícito está o conceito de que precisámos de carne para viver! Esta semana foi transmitido no noticiário da noite da RTP 1, a notícia de um homem indiano vegetariano que moveu um comboio de várias toneladas, alguns centímetros, puxando-o com os dentes! Ainda há quem diga que os vegetarianos são fracos! Na realidade a maioria dos atletas de alta competição de várias modalidades, são vegetarianos e o nível de força e resistência deles é muito elevado. Portanto não se mudam padrões alimentares incorrectos, sem mudar padrões e atitudes mentais.
O ser humano é muito contraditório. Quer ser feliz, quer ter saúde, ouvimos constantemente "O mais importante é ter saúde para poder trabalhar e levar a vida para a frente e tudo se há-de resolver. A pior desgraça é não ter saúde". Cada vez proliferam mais as doenças causadas por maus hábitos alimentares (e neste artigo são apenas estas a que me refiro): obesidade, diabetes, vários tipos de cancro, colesterol elevado e consequentes problemas cardiovasculares, etc. Estas estão ao nosso alcance controlar pela escolha do que comemos. E então? Queremos saúde, mas não fazemos nada para a manter. "Esta vida são 2 dias, há que aproveitar a comer e a beber." Será? Pois, pois... ficamos doentes, vamos para o médico, tomámos medicamentos, fazemos exames e alguns até muito dolorosos, gastámos muito dinheiro, perdemos dias de trabalho e sobretudo perdemos a alegria e a tranquilidade. Sofre o individuo e sofre a família! Lá diz o ditado "pela boca morre o peixe". Mas... nós somos mais inteligentes que o peixe para discernir o isco da publicidade e dos interesses da indústria alimentar, ou não? Os exemplos são muitos. Vejamos: será que acreditamos que a fruta reduzida a puré, embalada e conservada no frigorífico é mais benéfica do que uma peça de fruta fresca? É mais prático? Até pode ser, mas não tem os mesmos nutrientes e benefícios e além disso é mais cara. É apenas um conceito "saudável de fast-food" com outra variante. Precisamos de reeducar a mente, analisar, investigar, reflectir. É a nossa saúde que está em jogo, a vida de cada individuo e de cada família. Assim é que se faz prevenção, ao escolher uma alimentação saudável, fazer exercício, ter pensamentos positivos. As rotinas dos check-ups e dos exames anuais, não fazem nenhuma prevenção, apenas um diagnóstico precoce. A colondoscopia não previne nenhum cancro no intestino, apenas o pode detectar numa fase inicial e assim salvar a vida. Mas para evitar, é preciso comer frutas, legumes, fibras, cereais integrais, beber água. A prevenção está nas nossas mãos, É A NOSSA RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL. Detectar e tratar é responsabilidade dos profissionais de saúde. É interessante salientar que no Oriente o foco está na prevenção. Por exemplo, durante milhares de anos na China, o médico era pago para manter as pessoas saudáveis. Qualquer médico que perdesse mais de 3 pacientes sem ser de morte natural por envelhecimento ou acidente, perderia a sua licença para exercer medicina. É interessante o contraste com a sociedade actual, em que todo o negócio gira á volta da doença. Em conclusão: a prevenção da doença através de hábitos saudáveis e positivos, a nível físico, mental e emocional, contribuem para vários factores:
Como podemos ver os hábitos alimentares têm uma repercussão muito grande tanto pelo lado negativo como positivo, desde o nível individual ao global. Pelo bem da nossa saúde, da nossa vida, do nosso país e do nosso planeta está na hora de reeducar a nossa mente para novos hábitos. Bem Hajam e Sejam Felizes e saudáveis. |
< Artigo anterior | Artigo seguinte > |
---|